Serra Nevada

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Serra Nevada

Por volta desta semana num outro qualquer “normal” ano estaria na Serra Nevada. Estas viagens à neve começaram em 2016.

Nesse primeiro ano, optámos por arrendar uma casa numa zona mais alta da vila e o material de ski numa loja no centro. Percebemos que não tínhamos feito as melhores escolhas. Pois, passar o dia inteiro a esquiar é, verdadeiramente, desgastante, mais ainda quando estás a aprender, não tens grande preparação física e percebes que as botas de ski são tão confortáveis como uns stilettos oito horas depois de andares em cima deles, sem descanso.

Claro que depois, chegar a casa depois de 6 horas a tentar esquiar e ter que tratar de tarefas domésticas como fazer o jantar, colocar a mesa, levantar os pratos, lavar a loiça, é algo para o qual não se tem grande apetite. Basicamente só queríamos cair numa cama e deixarmo-nos estar.

Da mesma forma que o aluguer do material numa loja um pouco mais afastada das telecabines, implicava carregá-lo durante mais tempo, o que também, não é assim tão simpático.

Nos anos seguintes mudámos a estratégia, optámos por ficar em hotel, num relativamente perto das telecabines, para não perdermos muito tempo nas deslocações e até porque as telecadeiras que nos permitem deslocar na vila, têm um horário reduzido. Lembro-me que no primeiro ano, quando queríamos beber uma bebida na vila, pensávamos duas vezes, pois implicava ir a pé para casa, e sendo aquilo montanha é sempre a subir.

O hotel em que ficamos é sempre o mesmo Kenia Nevada. Não é fantástico, mas é bem porreiro, tem um estilo tipo chalé, oferece piscina de água quente, que é muito bom para relaxar depois de um dia na montanha, entre outras coisas. É a dois lances de escadas das telecabines e da vila.

Optámos igualmente por mudar a loja de aluguer do material. Esta fica situada no corredor de acesso às telecabines, o que é óptimo. De manhã é só apanhar o material e ao fim do dia deixar, sem ter de fazer nenhum desvio, nem ter de andar com ele às costas.

Mas se há coisas que mudámos na nossa viagem, há outras que se mantêm.

O instrutor de ski é sempre o mesmo, gostamos muito das aulas do Zé, ele tem uma paciência infinita para nós, e como somos tantos, ele fica “por nossa conta” toda a semana.
Ter um instrutor com quem te sintas confortável é sem dúvida muito importante, para que se possa aprender e disfrutar desta atividade, pois com tantas quedas é fácil começar a desmoralizar.

Para além disso há a paragem obrigatória na Meson La Gran Familia, que é uma estação de serviço na autoestrada, onde paramos para comer um bocadillo de jamom, (na viagem de ida), e claro a sempre muito apreciada visita ao Ricón de Rosita em Sevilha, para umas tapas bem deliciosas (na viagem de vinda).

Para o ano pensamos reavaliamos e pensamos na viabilidade de retomar as idas à montanha.
Já tenho saudades da neve.

Até já…

Enfermeira de profissão com curiosidade por outros temas. Apaixonada pela vida e com um inesperado humor negro. Procuro todos os dias sair em busca de algo diferente.

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