Não sei se já o tinha dito aqui, mas quem me conhece sabe que o Carnaval é aquela festividade que não me diz muito. Desfiles, música brasileira, trajes de samba que pedem calor num friorento mês de inverno, não são de todo a minha praia. 
No entanto, antagonicamente a esta ideia, acho um máximo ver a Maria mascarada. Já no ano passado a tinha vestido de Bela (de a Bela e o Monstro) e de Minnie Mouse, e este ano voltámos a abraçar duas personagens, Capuchinho Vermelho e Branca de Neve.
Uma Capuchinho Vermelho que não quis saber de levar bolinhos à avozinha, nem se cruzou com o lobo mau. Dedicou-se mais à prática de parlour pelos móveis cá de casa. E, uma Branca de Neve que roeu algumas das maçãs da fruteira e deixou lá o que sobrou delas, só para se certificar que não estavam envenenadas. Quanto aos 7 anões nem os viu, devem estar, certamente, confinados em casa. 
Sei que ela não identifica como sendo uma data diferente ou mesmo uma roupa diferente, mas não faz mal. Estamos a criar memórias, experiências, novos estímulos e sei que um dia mais tarde ela vai gostar de vasculhar fotografias antigas e encontrar estas recordações tão boas.
À semelhança dos outros dias brincou, correu, dançou, pintou e deu umas boas gargalhas.
Já a mãe, este ano não teve outra alternativa, teve mesmo de vestir a farda de enfermeira e colocar, literalmente, a máscara, para mais um dia no Hospital a cuidar de quem mais precisa.