Durante os dois dias em que festejámos o Natal alguém dizia que a celebração era efémera, que dedicávamos imenso tempo a preparar as coisas, como a ceia, os enfeites na mesa, a organização do espaço para depois ser uma vivência demasiado rápida.
Sim, por um lado é verdade, a noite e o dia de Natal passaram num piscar de olhos, mas por outro significa que temos de repensar o que é viver este tempo.
Mais do que aqueles dois dias, são os outros 23. O fazer a árvore, dedicar tempo a atividades natalícias com as miúdas, aproveitar as cidades iluminadas e cheias de vida, pensar nas pessoas a quem queremos oferecer uma lembrança, os almoços e jantares de Natal com os amigos. Tudo isto, também, é o Natal, e permite-nos saborear um pouquinho mais esta época tão bonita e tão fugaz.
A noite de 24 e o dia 25 passam a ser assim o final perfeito da época. No entanto se sentem, como por aqui, que são dias que passam a voar, certamente é porque, também, viveram bons momentos sentados em redor da mesa, com boa comida e boas conversas; é porque os miúdos estiveram animados e expectantes com a chegada do Pai Natal (ainda que a Maria continue a ter medo desta figura); foi difícil juntar toda a gente para a foto de grupo; e a noite terminou com o pessoal de volta dos jogos aconchegados pelo calor da lareira.