Desde que fui mãe e comecei a trabalhar em horário fixo, uma das maiores coisas que mais senti falta foi ter tempo para mim. Ser eu e os meus pensamentos, ou não. Estar, apenas, comigo.
O meu horário permite-me ter, mais ou menos três folgas por mês, extra o fim-de-semana. Três dias preciosos, não só para orientar coisas cá de casa, mas especialmente, para cuidar da minha saúde mental e evitar estados de exaustão física e psicológica.
Adotei nesses dias, e ainda que sejam apenas três por mês, o hábito de fazer ora caminhadas, ora corridas (pequenas – nada de grande expectativas). E isso é verdadeiramente terapêutico.
Hoje sai de casa e lá fui eu. Fones nos ouvidos, spotify para ouvir um podcast ou qualquer playlist que vá de encontro com o estado de espírito, ténis e roupa confortável. Por norma opto por caminhadas junto ao mar, mas hoje senti-me tentada por um circuito de manutenção pelo meio da mata.
Está, também, a chegar o tempo que mais gosto para isto, que são os dias de Outono, com o céu nublado ou então com sol, mas aquela brisa mais fresquinha que pede um agasalho e nos sopra na cara.
Têm mesmo de experimentar a sensação que é caminhar/correr, pelo sossego da mata, apenas com o sons da natureza ou da música que forem a ouvir, sem a confusão do barulho dos carros, pessoas e afins. Vale bem mais do que ouro.