Dia de relembrar que a desigualdade é uma realidade.
Ainda que homens e mulheres sejam diferentes em termos biológicos não o podem ser em direitos, deveres, respeito, reconhecimento e dignidade.
Hoje e sempre a procura e a conquista destes valores fundamentais deverá ser uma constante.
Assim, faço-o por mim, e sobretudo pelas minhas filhas. Para que possam conhecer uma realidade em que não exista 16% de diferença entre um ordenado de um homem e o de uma mulher; em que a maternidade não seja sinónimo de uma carreira com menor progressão; ou que mesmo depois de um dia de trabalho com iguais responsabilidades e cansaço, não tenham de dedicar 2 a 3 x mais tempo nas lides domésticas do que um homem.
Faço-o pelas 17 vítimas mortais de violência doméstica, registadas até meados de Fevereiro deste ano. Pelo corpo que é meu, mas que sobre o qual não querem que tenha decisão.
E, também, o faço por títulos de notícias que nos colocam como a “mulher por trás de…” em vez de “ao lado de…”. Assim, como comentários que nos rotulam de exageradas quando enumeramos estas disparidades.
Faço-o pela oportunidade de poder ser livre e escolher qual o nosso papel.
E porque essencialmente a outra metade da humanidade (nós, mulheres), também temos algo a dizer!